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  • Jornal do Comércio
    08/09/2011

    Cresce a receita das cargas para as empresas aéreas
    Adriana Lampert

    O volume de cargas aéreas no Brasil teve uma expansão de 122,5% nos últimos dez anos. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), o modal aéreo avançou de uma movimentação de 512 mil toneladas em 2000 para 1,1 milhão de toneladas em 2010. Resultado da boa fase da economia do País, que se manteve aquecida até o final de 2010, o aumento do transporte por aviões de insumos e produtos também propiciou o desenvolvimento das companhias de aviação que atuam com carga de mercadorias. E, segundo a estimativa do superintendente de Logística e Carga da Infraero, Ednaldo Santos, a tendência é que esta expansão se mantenha nos próximos anos.

    Em 2011, a Infraero prevê um crescimento de 11%, em comparação com 2010, em sua Rede de Terminais de Logística de Carga (Teca). De janeiro a julho, o aumento na movimentação de cargas da Teca, em relação ao mesmo período do ano passado, foi de 7,18%. Santos acredita que a demanda crescente pelo transporte de mercadorias pela aviação é um dos fatores que viabilizam a criação e sustentação de novas linhas aéreas, principalmente no caso de companhias iniciantes no mercado brasileiro. “Em 2010, houve um grande aumento na movimentação de carga pelo modal aeroviário. As empresas do setor observam esse crescimento, criando novas rotas que atendam esta demanda, que é cada vez maior,” observa Santos.

    Para atender melhor o inflado movimento de cargas, registrado nos últimos anos em seus terminais, a Infraero conta com um planejamento contínuo para a modernização dos complexos de logística da rede, considerando necessidades como a ampliação da infraestrutura física e também de equipamentos. “Definimos as prioridades dos investimentos de forma a atender a demanda projetada e a movimentação atual”, diz Santos. Segundo ele, os recursos previstos para serem aplicados pela empresa nos terminais de carga até 2014 são de R$ 220 milhões. Ele cita ainda melhorias em andamento, como as obras do Terminal de Cargas de Curitiba e do Terminal de Cargas Nacional de Florianópolis, iniciadas em abril, além de trabalhos já concluídos, como as reformas do Terminal de Cargas de Manaus e um armazém para cargas nacionais no complexo logístico de Campo Grande, entregues no final de maio e em junho.

    Receita gerada é importante para as empresas
    No Brasil, o segmento de cargas é considerado de extrema importância para a receita das empresas aéreas e também para a diversificação dos negócios. Prova disso, são os números das companhias do setor. No ano passado, por exemplo, a TAM Cargo - que transportou 234 mil toneladas em mercadorias – viu sua receita com cargas subir 18,8% em relação a 2009, chegando a R$ 1,1 bilhão. As operações internacionais da empresa obtiveram aumento de 23%, gerando R$ 601,9 milhões neste segmento, enquanto as transações domésticas tiveram crescimento de 14,3%, com a entrada de R$ 510,8 milhões. O resultado veio depois de muitos desafios, garante o diretor da TAM Cargo, Euzébio Angelotti. “Atingimos estes números através de trabalho estruturado no atendimento e no treinamento de nossas equipes, com foco no cliente e na qualidade de nossos serviços”, declara.

    A busca por melhorias contínuas na infraestrutura dos terminais de cargas do País, bem como nos sistemas informatizados, permitiu à TAM ampliar a capacidade de movimentação de encomendas, integrando ainda mais as gestões operacional, comercial e financeira, ressalta Angelotti. No primeiro trimestre de 2011, a receita em cargas nacionais da companhia foi de R$ 117,7 milhões e as transações internacionais renderam R$ 137,4 milhões.

    Na lista das empresas aéreas de maior peso, a Gol viu seu braço responsável pelo transporte de cargas, a Gollog, crescer 31% em 2010, em comparação ao ano anterior. E já no primeiro semestre de 2011 – quando completa dez anos de mercado - o aumento de encomendas transportadas pela companhia foi de 15% ante o mesmo período do ano passado. “A demanda por serviços de carga aérea varia de acordo com o crescimento da economia. Como no último ano o Brasil esteve bem neste sentido, o reflexo foi positivo. A tendência em 2011 é de que se cresça um pouco menos, uma vez que a economia está mais desacelerada”, opina o diretor de cargas da Gol, Carlos Figueiredo. 

    Somando 38 mil toneladas transportadas no primeiro semestre deste ano, a Gollog realiza em torno de 50 mil entregas de encomendas expressas a cada mês. “O segmento de entrega porta a porta cresceu 60% no primeiro semestre de 2011 em relação ao ano passado”, compara o diretor da companhia. Já as unidades de cargas representaram, junto com outras receitas auxiliares da empresa, cerca de 11% do faturamento total no primeiro trimestre de 2011.

    No caso da TAP Cargo, a receita com transporte de mercadorias representou 8% do faturamento da empresa portuguesa em 2010. “Entre os que trabalham com carga mista, levando ao mesmo tempo passageiros e encomendas, estamos no topo da média da indústria, que em geral fica entre 6% e 7%”, afirma o diretor de cargas da TAP, Pedro Mendes. Ele sustenta que a demanda funciona de acordo com a economia global. “É meio que uma gangorra. Atualmente, o Brasil está mais importador, em detrimento do mercado de exportações, devido à questão cambial, entre outros fatores”, argumenta. Curiosamente, em 2010 a TAP manteve um equilíbrio perfeito nas rotas brasileiras, transportando 17 mil toneladas de mercadorias de importação e 17 mil toneladas de exportação.

    Companhias  melhoram a infraestrutura
    A iniciativa privada também alça voos na corrida para acompanhar o crescimento expressivo de produtos transportados pelos céus brasileiros. Nos últimos dois anos, a Gollog, cuja participação no mercado de carga doméstica é de 25%, vem investindo pesado em infraestrutura. Em 2010, a companhia injetou dinheiro no novo Terminal de Cargas do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. E para este ano deve destinar aproximadamente R$ 10 milhões no novo Terminal de Cargas do Aeroporto de Guarulhos. “Ainda pretendemos terminar 2011 com 140 unidades da Gollog atuando em todo o Brasil”, diz o diretor de cargas da empresa, Carlos Figueiredo. 

    A malha aérea da Gol é concentrada justamente no mercado doméstico, e principalmente na América do Sul. Presente em 27 estados, atendendo 3.450 municípios, a empresa utiliza os porões das 115 aeronaves de passageiros para transportar, em grande maioria, encomendas expressas. A Gol conta ainda com frota de 400 veículos terrestres, para coleta das mercadorias na origem e entrega aos destinos. “A cada ano, cresce a importância do modal aeroviário no mercado de cargas, pela agilidade que proporciona”, opina Figueiredo. Ele argumenta que os ciclos de vida dos produtos são cada vez menores. “É preciso mensurar os custos da demora no lançamento de uma coleção, bem como os de se manterem estoques.”

    Em abril, a TAM Cargo anunciou investimento de R$ 15 milhões na melhoria da infraestrutura dos seus terminais de cargas, voltadas para as áreas de atendimento ao público, manuseio de cargas e estacionamento. “São setores que, uma vez reformados ou construídos, trarão mais conforto e agilidade ao processo de recebimento e expedição de mercadorias”, diz o diretor da companhia, Euzébio Angelotti. “Ainda neste mês, inauguraremos um novo terminal de Cargas, em Maceió”, anuncia. As novas instalações vão aumentar em 200% a capacidade de movimentação de encomendas da empresa, com área de armazenagem três vezes maior do que a anterior.

    Outros R$ 5 milhões estão sendo injetados pela TAM em tecnologia da informação para reformar as funcionalidades presentes dos atuais sistemas de gestão e informação de cargas. Nascida em 1995, a TAM Cargo utiliza os porões de 151 aeronaves da companhia para entrega dos mais variados tipos de carga. Através de voos diretos, as operações partem de 42 aeroportos brasileiros, realizando coletas em mais de 400 cidades e entregando em mais de 4.200 localidades porta a porta no País. Angelotti avalia que, para melhorar os serviços, ainda “é extremamente necessária” a melhoria da infraestrutura aeroportuária no Brasil, com locais adequados e direcionados ao tratamento das cargas.

    Operação com o avião ATR 42-500 promove o crescimento da JadLog
    Desde 30 de maio, uma operação liga Porto Alegre e Curitiba (PR) a Jundiaí (SP), através do cargueiro ATR 42-500. Utilizada pela JadLog, a aeronave da Total Linhas Aéreas é mais uma alternativa para cargas provenientes ou a caminho do Rio Grande do Sul. Com capacidade para 5 toneladas, o cargueiro custa R$ 6 milhões por ano, mas traz um diferencial para a JadLog no mercado de transporte de encomendas. É que a aeronave decola e pousa em horários diferenciados das principais companhias aéreas, o que permite mais flexibilidade e agilidade para as transferências das remessas para todo o Brasil.

    “Conseguimos fazer com que uma carga, saindo de Porto Alegre às 21h30min, chegue até a madrugada do dia seguinte a destinos como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Brasília, em período de tempo muito curto”, explica o diretor da JadLog, Ronan Hudson. Da mesma forma, as mercadorias saem de São Paulo às 2h e chegam em solo gaúcho por volta das 4h, possibilitando conexões em quatro aviões da empresa rumo ao interior do Estado.

    Essa rapidez é impossível para aviões de passageiros, pela limitação de horários, explica Hudson. “De junho para cá, já tivemos um crescimento de mais de 40% no volume de cargas e faturamento, somente por estar operando com esta aeronave”. Segundo Hudson, de 19.624 toneladas transportadas em 2009, a empresa pulou para 31.273, em 2010, e a meta para este ano é 48.000 toneladas. O total de volumes transportados foi de 3,3 milhões em 2009, 4,6 milhões em 2010 e a meta para 2011 é 6.150 milhões. 

    Na rota operada pelo ATR, a companhia transporta carga expressa fracionada, principalmente para os setores automotivo, de autopeças, de e-commerce, de materiais promocionais, de medicamentos e de assistência técnica. Hudson afirma que as operações com a aeronave, que também possui o diferencial de voar a 7 mil metros de atitude, tiveram retorno positivo já nos primeiros meses. 

    Trip começa a prestar o serviço aproveitando rotas e espaço ocioso
    A estimativa é de que a Trip Cargo, novo serviço da Trip Linhas Aéreas, responda pela fatia de 2% do faturamento da companhia em curto prazo. O novo serviço funcionará em 85 cidades atendidas pela empresa em todas as regiões do Brasil. De acordo com o gerente de cargas da Trip, Raul Capri, algumas operações já estão funcionando desde junho. Não é o caso de Porto Alegre, que aguarda definição de área pela Infraero.

    A Trip Cargo terá à disposição a frota de 47 aeronaves da companhia. Capri adianta que a ideia é aproveitar o espaço ocioso dos voos regulares e os aviões ATR-42, que sem os assentos podem transportar em torno de 5 a 7 toneladas, dependendo da rota.

    “Identificamos uma grande oportunidade na prestação desse serviço, com o benefício de termos a nossa disposição estruturas de base e frota já disponíveis e a demanda significativa em localidades onde praticamente só a Trip opera”, complementa o executivo.  O investimento para a criação do novo braço de negócios da empresa foi de cerca de R$ 1 milhão, em treinamentos, uniformes e admissão de pessoal.

     

     

    Brasilturis
    08/09/2011

    Avião da AZUL celebra a Indepêndencia do Brasil

    Em mais de 40 anos de história da aviação brasileira, um avião comercial participará do Dia da Independência do Brasil - 7 de setembro -, no desfile comemorativo, em Brasília (DF). Esta era a novidade que ficaria por conta da de uma aeronave personalizada da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, a “Brasil”. Mas um comunicado da empresa solto às 23h36 informou que a aeronave Embraer 195, personalizada com a bandeira nacional não mais participará das comemorações. A autorização previamente dada à companhia para essa participação foi suspensa às 21h30 do dia 6.

    O primeiro voo da “Brasil” ocorrerá num sobrevoo panorâmico sobre as cidades de Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro e São José dos Campos bem como os litorais paulista e carioca a partir do meio-dia deste feriado.

    “A aeronave presta uma homenagem não só ao Brasil, mas a todos aqueles que ajudaram a construir a história de sucesso da Azul e reforça nossa satisfação em sermos os pioneiros na utilização dos E-Jets Embraer no Brasil. Finalmente, ela mostra todo o nosso orgulho da única empresa aérea que tem o Brasil no símbolo e em seu nome – Azul Linhas Aéreas Brasileiras”, explica o diretor de Comunicação, Marca e Produto, Gianfranco Beting, o Panda.

    O recém-criado posicionamento reflete a visão da empresa que tem por princípio sempre colocar seus clientes e colaboradores em primeiro lugar. “Somente quando se coloca o colaborador lá em cima é que a empresa consegue entregar, na prática, uma experiência verdadeiramente superior aos seus clientes. E justamente por colocar nossos milhares de Tripulantes-Azul - como chamados os colaboradores - no topo de nossas prioridades é que a companhia consegue prestar um serviço que coloca nossos clientes em primeiro lugar, lá em cima”, explica.

    A troca do posicionamento veio por uma necessidade de adequação a uma nova realidade da companhia, que em menos de três anos de existência, já ocupa a terceira posição no mercado de aviação doméstico, com 9,17% de participação, segundo dados da Agência Nacional de Avião Civil (Anac).

     

     

    A Bola.pt
    08/09/2011

    Medvedev quer redução radical de companhias aéreas no país

    O presidente russo exigiu uma redução radical da quantidade de companhias aéreas no país, um dia depois de um avião se ter despenhado nos arredores da cidade de Iaroslavl, perto de Moscovo, tendo provocado 44 mortos. «A situação no campo da aviação civil na Rússia deve mudar radicalmente», afirmou Dmitri Medvedev, num encontro destinado a debater o acidente aéreo do Iakovlev-42, que vitimou mortalmente dezenas de pessoas, entre as quais a equipa de hóquei no gelo do Lokomotiv.

    «É preciso prestar a maior atenção aos testes das tripulações. Aí também não está tudo em ordem. É preciso controlar a qualificação das tripulações em cada companhia aérea. Aí acontece um grande número de milagres», sublinhou.

    «Trata-se de uma séria tragédia, um acontecimento seriamente ressonante. Tudo deve ser público e aberto», declarou o governante.

     

     

    Sol.pt
    08/09/2011

    TAP honrada com interesse do Brasil

    O porta-voz da TAP António Monteiro disse que a empresa se sente honrada pelas palavras de Lula da Silva.
    «A TAP sente-se honrada pelas palavras do ex-presidente Lula da Silva, uma figura de grande importância e respeito para os países lusófonos e para todo o mundo», limitou-se a dizer sem fazer mais comentários.

    Na quarta-feira, em Lisboa, Lula da Silva referiu que um dos assuntos discutidos com os governantes portugueses nesta sua visita, que começou na segunda-feira, foi o eventual interesse do Brasil na TAP, que considerou ser «uma empresa extremamente importante».

    O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) reafirmou hoje que é contra a privatização da transportadora aérea nacional, em reacção às declarações do ex-presidente brasileiro, Lula da Silva, sobre o interesse do país na TAP.

    «A nossa posição tem sido muito clara, somos contrários à privatização da TAP. É uma empresa nacional, a primeira transportadora aérea, não faz sentido que a empresa seja vendida», disse Vítor Mesquita, da direcção do SITAVA.

    Vítor Mesquita acrescentou que se deve verificar os prejuízos da TAP, pois acredita que não sejam devido à parte operacional da empresa.

    «O que se deve fazer é tentar perceber os prejuízos da TAP. Estes prejuízos são devido aos negócios ruinosos que têm sido feitos pela administração», referiu, acrescentando que entre as más opções para a TAP está a compra da «falida» empresa brasileira de manutenção de aviões VEM (que pertencia à companhia brasileira VARIG), agora TAP Manutenção e Engenharia Brasil.

    O ex-presidente brasileiro afirmou também que os estaleiros de Viana do Castelo poderão vir a ser muito importantes para uma cooperação entre Portugal e Brasil com vista ao desenvolvimento da indústria naval brasileira.

    O antigo mandatário brasileiro manteve encontros com o primeiro-ministro Passos Coelho, com o Presidente Cavaco Silva, entre outras autoridades e empresários.

     

     


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