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  • SRZD
    16/07/2011

    Perícia afirma que não há sinal de tentativa de pouso do avião que caiu no Recife

    Os peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Pernambuco explicaram que não encontraram nenhum indício nas primeiras investigações que revelem que avião que caiu no Recife na última quarta-feira  tentou aterrissar. Segundo a perícia, o trabalho vai ser realizado com a possibilidade da aeronave ter caído de forma abrupta. A Polícia destacou também que apenas a análise da caixa-preta vai poder mostrar a razão do acidente que matou 16 pessoas.

    A aeronave da Noar Linhas Aéreas caiu depois de quatro minutos da decolagem do aeroporto em um terreno perto da Avenida Boa Viagem com 14 passageiros e dois tripulantes a bordo.

     

     

    O Estado de São Paulo
    16/07/2011

    Abertura de processo contra três acusados por acidente da TAM deixa familiares otimistas
    Tragédia que deixou 199 mortos completa quatro anos neste domingo; missa na Sé lembra vítimas
    Marcela Rodrigues Silva

    SÃO PAULO -  Na véspera de completar exatos quatro anos da maior tragédia da aviação brasileira, cerca de 180 pessoas, entre familiares e amigos das 199 vítimas do acidente com o A320 da TAM, em Congonhas, se reuniram na tarde deste sábado, 16, para assistir a uma missa na Catedral da Sé, em São Paulo.

    Apesar da ausência de protestos, eles aproveitaram para se manifestar quanto a decisão da Justiça Federal que abriu, nesta sexta, processo criminal contra Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, ex-diretor de segurança de voo da TAM, Alberto Fajerman, ex-vice-presidente de operações da TAM, e Denise Maria Ayres Abreu, ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), acusados pela Procuradoria da República pelo acidente em Congonhas.

    Segundo o vice-presidente da Afavitam (Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054), Archelau Xavier, os familiares estão otimistas. "A gente espera que a justiça seja implacável", disse.

    Para Luiz Carlos Santos, 62 anos, que perdeu o filho Ricardo, um piloto de 30 anos, foram quatro anos de luta por justiça. "Nunca paramos de lutar porque tínhamos medo de que a pena fosse prescrita, ou seja, o processo encerrado. Mas a notícia veio em boa hora, num momento importante para nós. Estamos satisfeitos", disse. "Nós vamos continuar protestando, mas pela vida, para que acidentes como estes não aconteçam mais", completa.

    Irmão de uma das vítimas, Roberto Correia Gomes, 55 anos, veio de Porto Alegre para as homenagens e fez questão de ressaltar a satisfação com a decisão judicial. "Não apaga nossa dor, nem a saudade. Mas é um alívio, pois foi por isso que lutamos neste quatro anos. Representa um pouco da verdade. É um alívio para todos nós."

    A maior homenagem da semana, porém, acontece amanhã, por volta das 10 horas, no local do acidente, onde membros da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAMJJ3054 (Afavitam) se reunião. Segundo o vice-presidente do grupo, Archelau Xavier , pai de uma vitima, na ocasião eles irão assinar, junto com o Prefeito Gilberto Kassab, um protocolo de intenções com a Prefeitura de São Paulo para a construção do Memorial 17 de Julho, que deve ser concluído até julho do ano que vem. "O projeto já está pronto, mas amanhã vamos formalizar num ato simbólico", explica. Além de homenagens e um show, será celebrado um culto ecumênico.

    O acidente

    No dia 17 de julho de 2007 o voo JJ 3054 da TAM decolou do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em direção a São Paulo. O aeronave pousou por volta das 18h40 no aeroporto de Congonhas, na capital, mas não desacelerou durante o percurso da pista, atravessou a avenida Washington Luís e se chocou contra um prédio da própria empresa e pegou fogo. No avião estavam 187 pessoas e, nas proximidades do local do acidente, 12. Todas morreram.

     

     

    Folha de São Paulo
    16/07/2011

    Juiz aceita denúncia contra Anac e TAM por tragédia de 2007
    Ministério Público diz que acusados contribuíram para acidente em Congonhas que deixou 199 mortos - Foram denunciados ex-diretora da agência e dois ex-dirigentes da empresa; todos negam as acusações

    A Justiça Federal aceitou ontem a denúncia contra a ex-diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) Denise Abreu e dois ex-diretores da TAM. Eles são acusados pelo Ministério Público Federal de falhas que contribuíram para o acidente com um Airbus da TAM no aeroporto de Congonhas, no qual 199 pessoas morreram. A tragédia, em 17 de julho de 2007, completará quatro anos amanhã.
    O juiz Márcio Guardia, substituto da 8ª Vara Federal Criminal de São Paulo, deu dez dias para os réus apresentarem defesa. O prazo começa a contar a partir da data em que forem notificados.
    Se condenados, podem pegar até 12 anos de prisão, por crime de atentado à segurança do transporte aéreo.
    Além de Denise Abreu, foram denunciados Alberto Fajerman, à época vice-presidente de operações da TAM, e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, diretor de segurança de voo. Fajerman hoje é diretor da Gol; Castro virou piloto da TAM.

    "IMPRUDÊNCIA"
    Segundo a Procuradoria, os três agiram com "negligência" e "imprudência".
    Quatro meses antes do acidente, Denise foi à Justiça para liberar operações em Congonhas, suspensas após derrapagens na pista molhada. Apresentou, como se estivesse em vigor, norma ainda não válida que restringia as operações sob chuva.
    Os ex-diretores da TAM são acusados de saber, antes do acidente, do risco de operar sob chuva e não tomar providências nem informar corretamente as tripulações da empresa.
    A defesa dos réus diz que a denúncia é improcedente.
    O Airbus A-320 da TAM não conseguiu parar a tempo na pista de Congonhas após aterrissar e se chocou contra um posto de combustível e um prédio da própria TAM, na avenida Washington Luís.
    Relatório da Aeronáutica levantou duas hipóteses para o acidente: erro do piloto ou do sistema de controle de potência dos motores.
    Falta de área de escape em Congonhas e treinamento insuficiente dos pilotos foram considerados fatores contribuintes para a tragédia.

     

     

    Folha de São Paulo
    16/07/2011

    Embraer lança primeira fábrica nos EUA
    Unidade construída na Flórida recebeu investimentos de US$ 51 milhões (R$ 80 milhões) e fabricará jatos executivos

    A Embraer colocou para funcionar a sua primeira fábrica nos EUA, três anos após tê-la anunciado e no momento em que o presidente Barack Obama, com o país em crise, tem usado os donos de jatos corporativos como alvo de suas críticas aos disparates na economia americana. A unidade na Flórida, que começou a operar no mês passado na cidade de Melbourne, é a primeira linha de montagem somente da empresa fora do Brasil (há uma joint venture na China).
    No ano passado, a empresa anunciou a construção de uma fábrica de estruturas e componentes em materiais compósitos em Portugal. Da nova fábrica, na qual foram investidos US$ 51 milhões (R$ 80 milhões), sairão jatos executivos Phenom 100, que hoje também são produzidos na unidade de Gavião Peixoto (SP).
    A Embraer já manifestou, no passado, ambição de fazer negócios com a Defesa americana, mas não há projetos concretos anunciados.
    "Por ora, é só o Phenom [que pretendemos fabricar]. Não há planos de trabalhar com outros produtos", disse à Folha, por telefone, Phil Krull, diretor administrativo da Embraer Executive Jets.
    Neste ano, a fábrica na Flórida deve entregar apenas um jato, em novembro, mas para 2012 a meta é elevar a produção para 31 e, a partir do ano seguinte, 60 jatinhos ao ano, afirmou Krull.
    A empresa se vangloria de que o modelo foi o jato executivo mais entregue no mundo no ano passado.

    XEPA NA NASA
    O executivo afirma que a cidade foi escolhida pela proximidade com a base de clientes, o espaço em seu aeroporto e a oferta de mão de obra qualificada, que aumentou com o fim do programa de ônibus espaciais da Nasa.
    Localizada 280 km ao norte de Miami, a cidade está fincada na chamada costa espacial americana.
    "Não é segredo que a Nasa fez cortes e que muita gente superqualificada está disponível", disse Krull.
    "Temos 69 empregados, e, entre engenheiros e técnicos, 18 são ex-funcionários da Nasa", afirmou o executivo.
    A empresa tem hoje US$ 16 bilhões em encomendas, e emprega, no mundo, 17.253 pessoas.

    (LUCIANA COELHO)

     

     


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