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  • Paraiba.com.br
    12/07/2011

    MPF denuncia dois diretores da TAM e ex-presidente da Anac pelo acidente da TAM em 2007

    O Ministério Público Federal denunciou criminalmente dois diretores da TAM e a então presidente da Agência Nacional de Avião Civil, Denise Maria Ayres Abreu, pelo acidente da TAM, que matou 199 pessoas em julho de 2007. Os outros dois denunciados são Alberto Fajerman, vice-presidente de operações e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, diretor de segurança de voo.

    Os três são acusados de negligência e responderão por crime culposo de "atentado contra a segurança de transporte aéreo". Se condenados, os denunciados podem pegar de 1 a 3 anos de detenção, na modalidade culposa. Mas o MPF defende que seja aplicada uma pena maior, de quatro a doze anos, devido à destruição total da aeronave e à perda de 199 vidas. FOTOS:Cenas da tragédia

    O MPF considerou que eles colocaram em risco a vida dos passageiros do Airbus A320. No caso de Denise, os procuradores consideraram que ela agiu com imprudência ao liberar a pista do Aeroporto de Congonhas, que havia acabado de ser reformada, sem o "grooving", as ranhuras no asfalto que ajudam a reduzir a velocidade das aeronaves na hora do pouso.

    Segundo o MPF, em fevereiro do mesmo ano Denise assegurou ao órgão que uma norma que previa restrições para as operações em Congonhas, especialmente para aeronaves com sistema de freio inoperante, era válida e eficaz, quando tinha conhecimento de que isso não era verdade.A afirmação foi feita em uma ação civil pública que pedia a interdição da pista de Congonhas por razões de segurança.

    O procurador da República Rodrigo de Grandis, responsável pela ação, afirma na denúncia que, se a norma fosse válida, o Airbus A-320 da TAM estaria impedido de pousar em Congonhas no dia da tragédia.

    De acordo com a denúncia, o diretor e o vice-presidente da TAM tinham conhecimento "das péssimas condições de atrito e frenagem da pista principal do aeroporto de Congonhas" e, mesmo assim, não tomaram providências para que, em condições de pista molhada, os pousos fossem redirecionados para outros aeroportos. Ambos também são acusados de não divulgar, a partir de janeiro de 2007, as mudanças de procedimento de operação com o reversor desativado (pinado) do Airbus-320.

    Pilotos da TAM não tinham sido orientados sobre manetes

    O MPF lembra que os peritos da Polícia Federal concluíram que o fator predominante para o acidente foi a posição incorreta dos manetes. Em janeiro de 2007, os procedimentos para operação da aeronave em caso de reversos desativado haviam sido alterados e previam que "ambas as manetes deveriam ser posicionadas em reverso máximo após o choque na pista". O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeroviários (Cenipa) concluiu, no entanto, que esta informação não havia sido retransmitida pela empresa aos pilotos da TAM.

    A Airbus da TAM não conseguiu parar na pista do aeroporto. Ele passou sobre a Avenida Washington Luís, uma das mais movimentadas de São Paulo, e atingiu um prédio da própria TAM do outro lado da rua.

    Chovia no dia do acidente e a pista estava escorregadia. Vários pilotos haviam alertado a torre de comando. Além disso, Congonhas havia passado por reformas e o grooving, as ranhuras na pista que auxiliam na frenagem, não estavam instaladas.

    O vôo 3054 da TAM pousou na pista curta de Congonhas, com 100% de lotação e peso perto do limite (98%), sem que o piloto pudesse contar com a ajuda do reversor da turbina direita, que estava parado. Relatório da Aeronáutica mostrou também que um dos manetes estava em posição errada, mantendo a aceleração da aeronave. Os pilotos não receberam nenhum sinal da cabine alertando sobre o erro.

    Na véspera da tragédia, um turboélice da Pantanal derrapou na pista de Congonhas .A aeronave parou na lama e não houve feridos. No dia do acidente, a pista não tinha acúmulo de água, mas estava molhada e havia chegado a ser fechada por 23 minutos, uma hora e 20 minutos antes do acidente.

    O MPF afirma que os peritos concluíram que contribuiu para o acidente a inexistência de áreas de segurança no fim da pista, assim como a ausência do grooving. Os técnicos também assinalaram que a pista foi liberada sem que apresentasse os níveis de segurança adequados, ao menos para operações com pista molhada.

    Congonhas registrou derrapagens antes e depois da reforma

    A pista havia sido reberta no dia 29 de junho, menos de um mês antes do acidente, e a Infraero havia afirmado que, por ser o período de inverno e tempo seco, não haveria problemas com a falta do grooving, que só deverá ficar pronto no fim de setembro daquele ano.

    Antes das obras, quatro aviões tinham derrapado na pista de Congonhas. Foi justamente por conta do risco de derrapagens que a pista foi interditada e passou por reformas.

    A última derrapagem antes da reforma ocorreu com um boeing da Varig, em 17 de janeiro de 2007. Outra derrapagem aconteceu no início de outubro de 2006, com um avião da Gol. A aeronave estava pousando e derrapou na pista molhada, invadindo o gramado. Os 122 passageiros e seis tripulantes foram retirados e ninguém ficou ferido. O vôo, de número 1941, vinha de Cuiabá para São Paulo.

    Em março de 2006, um avião da companhia BRA derrapou na pista de Congonhas e, por pouco, não caiu sobre a Avenida Washington Luiz. Executivos da BRA culparam as más condições da pista. Desta vez, a derrapagem teria acontecido pelo acúmulo de borracha de pneus na pista.

     

     

    Valor Econômico
    12/07/2011

    Com Webjet, Gol espera obter uma sinergia de R$ 100 milhões
    Alberto Komatsu

    A Gol espera obter uma sinergia de custos de R$ 100 milhões em dois anos após a aprovação da compra da Webjet, anunciada na sexta-feira pelo valor total de R$ 310,7 milhões, dos quais R$ 96 milhões em desembolso e o restante de dívidas. A estimativa foi dada nesta manhã pelo vice-presidente financeiro da Gol, Leonardo Pereira, em teleconferência sobre a negociação.

    “Essa sinergia deverá ser obtida com fornecedores, integração de bases e padronização de processos”, afirmou o executivo. O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior, acrescentou que não acredita em demissões com a integração das duas companhias. Isso porque, de acordo com ele, a Webjet tem uma estrutura enxuta, com 1.670 funcionários. A Gol, por sua vez, conta com cerca de 18 mil colaboradores diretos.

    “Não acredito que terá um processo de demissão. Pelo contrário, com ampliação de frota a Gol pode fomentar um processo de contratação”, afirmou o presidente da companhia aérea, acrescentando que a Webjet deverá faturar este ano cerca de R$ 800 milhões, após ter faturado R$ 750 milhões no ano passado.

     

     

    Valor Econômico
    12/07/2011

    Hegemonia em rotas domésticas não será empecilho, afirma Gol
    Alberto Komatsu

    A hegemonia da Gol em oito das 10 principais rotas domésticas com a compra da Webjet não deverá ser obstáculo para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar o negócio, afirmou a pouco o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Júnior.

    O Valor publicou hoje que a Gol já tinha a liderança em duas ligações antes da compra da Webjet, Congonhas-Confins e Congonhas-Curitiba. Com a Webjet, a segunda maior empresa aérea brasileira vai ultrapassar a TAM em mais seis rotas, entre os aeroportos de Guarulhos e os de Salvador, Porto Alegre, Brasília e Galeão (Rio).

    A Gol e Webjet também terão a hegemonia nos voos entre o Santos Dumont e os aeroportos de Brasília e Salvador.

    Na rota entre Santos Dumont e Brasília, Gol e Webjet terão 60,3% do fluxo de passageiros transportados. Entre Galeão e Salvador, as duas empresas responderão por 60,4% da demanda. A TAM ficará com a liderança apenas na ponte-aérea e entre Congonhas e Brasília. “Respeito a independência do Cade. A minha visão pessoal é a de que o fato de a Gol liderar em oito rotas vai trazer benefício ao consumidor. Vamos levar nossas tarifas baixas para estimular e provocar a concorrência”, afirmou Constantino.

     

     

    Valor Econômico
    12/07/2011

    Dívida da Webjet vence em 2015, diz Gol
    Alberto Komatsu

    A dívida de R$ 214,7 milhões da Webjet é financeira e tem vencimentos até meados de 2015, informou o vice-presidente financeiro da Gol, Leonardo Pereira, que participou há pouco de teleconferência sobre a aquisição da Webjet. De acordo com o executivo, são três os principais credores: Bradesco, Safra e Citibank. “Essa dívida só será da Gol quando o negócio for aprovado”, afirma Pereira.

    Segundo ele, é provável que o caminho para o alongamento dessa dívida seja a emissão de bônus ou a busca de outros recursos no mercado. Ele acrescentou que a Webjet tem outro débito, de R$ 120 milhões, referentes a contratos de leasing, que não aparecem no balanço. Esses contratos, diz Pereira, vencem entre dois e três anos.

    Os valores definitivos de dívida e do preço da Webjet deverão ser definidos nos próximos 30 a 45 dias, que é o prazo para a conclusão da auditoria na Webjet, estimou Pereira. Segundo ele, o contrato de compra e venda, que permitirá a Gol comunicar o negócio oficialmente aos órgãos competentes deverá ser assinado em 10 dias.

     

     

    O Globo
    12/07/2011

    Gol vai acabar com marca Webjet após fusão
    Presidente da companhia aérea afirma que negócio não acarretará aumento de tarifas
    Danielle Nogueira / Bruno Rosa bruno

    A Gol acabará com a marca Webjet e não prevê aumento de tarifas após a aquisição da concorrente operação que ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Em teleconferência com jornalistas o presidente da Gol. Constantino de Oliveira Júnior, disse ontem que pretende estender o programa de milhagem da Gol/Varig. o Smiles aos passageiros da Webjet e descartou demissões.

    Devemos manter as duas companhias de forma independente por um tempo mas a ideia é que a Gol absorva completamente a marca Webjet — disse Constantino Jr., de Londres para onde viajou de férias na última sexta-feira após acertar a compra da rival.

    O presidente da Gol disse que não prevê alta das tarifas apesar da maior concentração em algumas rotas E reforçou que a compra da Webjet visa à estratégia da Gol de crescer nos principais destinos do país onde a autorização de slots (direito de pousos e decolagens) é cada vez mais difícil por causa do elevado tráfego aéreo.

    — O objetivo com o negócio é ampliar a oferta de destinos no país cumprindo a missão da Gol de popularizar o transporte aéreo em cidades como São Paulo Rio Brasília Curitiba e Porto Alegre — disse ele — Como as duas companhias são empresas de baixo custo. não há porque elevar tarifas.

    A operação envolve RS31O.7 milhões dos quais RS6 milhões serão pagos “provavelmente em dinheiro” à família Paulus controladora da Webjet e RS214.7 milhões em dívidas que serão absorvidas pela Gol.

    O mercado reagiu com desconfiança As ações preferenciais (PN. sem direito a voto) da companhia encerraram ontem o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) com queda de 3.95% Segundo analistas a aquisição não trará tantas sinergias para a Gol. Juntas Gol e Webjet vão abocanhar 40.55% do mercado doméstico. segundo dados de maio. Mas a TAM permanece na liderança com uma fatia de 44 43%.

     

     

    O Globo
    12/07/2011

    Tentação é aumentar margem
    Compra da concorrente de baixo custo pode fazer preço das tarifas da Gol subir

    É certo que a incorporação da Webjet dará escala e trará redução de custos à Gol. Aem presa estima em, pelo menos, RS100 milhões a sinergia que tem com a miúda e que será plenamente incorporada, em 12 a 18 meses, quando os órgãos de defesa da concorrência derem sinal verde à operação.

    “De imediato (ou seja, antes mesmo de o Cade se pronunciar), as aéreas já poderão implementar medidas de redução de custos. Poderão comprar, em conjunto, combustível e peças de manutenção, por exemplo”, diz um executivo que acompanha a operação. A interrogação que persiste é se a Gol, quando se despedir da marca Webjet, manterá a política de tarifas reduzidas. Agradar o usuário é importante, mas a tentação de a vice-líder do setor ampliara margem de rentabilidade parece maior. É bom lembrar que, de 2009 para 2010, a Gol viu seu lucro líquido cair 75%.

    No mesmo período, a Webjet saiu de prejuízo de RS100 milhões para lucro operacional de R560 milhões. “O lógico seria as tarifas caírem. A questão é que a aquisição da Webjet pela Gol coloca uma pedra sobre a concorrente de baixo custo. Sem ela, o que vai conter os preços?”, questiona o consultor Ruy Coutinho. A briga, continua ele, arrisca migrar para TAM e Gol. Apesar de a Webjet dizer que opera com tarifas 30% menores que a média de mercado, pesquisa feita ontem pela coluna apontou a Gol como opção mais barata. Bateu a Webjet em valor de bilhetes para voar, dia 14, em linhas como Rio-Brasília e Rio-Belo Horizonte.

    “O ganho de slots pela Gol vale ouro. E pode trazer alta de preços”, alerta Coutinho. Por outro lado, a renovação dos aviões da Webjet pode atuar a favor da queda das tarifas. Os contratos de leasing de metade da frota vencem em até um ano. E permitem a troca por aeronaves mais modernas e econômicas, lembra outra fonte.

     

     

    Folha de São Paulo
    12/07/2011

    Gol se expande em aeroportos estratégicos
    Parcela no Santos Dumont, no Rio, vai para 35,7% e passa a da concorrente TAM; em Guarulhos, SP, chega a 36%
    CAROLINA MATOS

    O novo mapa dos horários de pousos e decolagens (os chamados "slots") nos principais -e congestionados- aeroportos do país revela como a pequena fatia de 5% de mercado da Webjet fará uma grande diferença para a Gol.
    A participação da empresa no Santos Dumont, no Rio, vai saltar para 35,7%, ultrapassando os 28,6% da principal concorrente, a TAM.
    No Galeão, também no Rio, a hegemonia da Gol vai ser reforçada, passando para 54,9%. A TAM tem 39,6%. E no aeroporto de Guarulhos, SP, a fatia sobe para 36,1%, pouco menor que os 38,7% da TAM. Em Congonhas, não haverá alteração.
    O ganho de participação com a compra da Webjet foi destacado ontem por Constantino de Oliveira Júnior, presidente da Gol, em conferência com analistas. E foi bem recebido no mercado.
    "A empresa vai aumentar presença em eixos estratégicos. Isso é um ativo precioso, mais ainda considerando a Copa, que aumentará o fluxo de passageiros", disse Alexandra Almawi, economista da Lerosa Investimentos.

    PREÇOS DAS PASSAGENS
    Quanto aos valores dos bilhetes, Oliveira Júnior afirmou que, com a aquisição da Webjet, a Gol "vai fortalecer o DNA de baixas tarifas".
    Mas Almawi, da Lerosa, acha pouco provável que não haja aumento de preços.
    "Há muito tempo a Gol deixou de praticar valores similares aos da Webjet, especialmente depois da aquisição da Varig. Hoje, os preços da Gol estão muito mais próximos aos da TAM", disse.
    Já Carlos Alberto Esteves, sócio diretor da Go4! Consultoria de Negócios, aposta na manutenção de tarifas.
    "Os ganhos da Gol em sinergias com a Webjet devem dar suporte à manutenção dos preços."
    Oliveira Júnior disse também que vai se desfazer da marca Webjet, como previam analistas, e que os clientes da companhia comprada poderão aderir ao programa de milhagem da Gol (o Smiles) mesmo antes da unificação total das companhias.
    "Na medida em que o Cade [Conselho Administrativo de Defesa Econômica] permita, queremos oferecer o benefício mesmo antes da integração completa das marcas."

     

     

    O Estado de São Paulo
    12/07/2011

    Gol anuncia fim da marca Webjet e garante que não demitirá funcionários
    Segundo Constantino de Oliveira Junior, presidente da Gol, não faz sentido manter no mercado duas marcas de perfil parecido. Ele afirma também que empresa não deverá ter problemas em alongar a dívida da Webjet, estimada hoje em R$ 215 milhões
    Silvana Mautone e Glauber Gonçalves

    A marca Webjet vai desaparecer após a aquisição da companhia pela Gol. A expetativa da compradora é de que o negócio seja aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) até o fim do ano que vem. Além de abandonar a marca, a Gol também vai renovar toda a frota da companhia, considerada velha, em até dois anos. O plano da empresa é passar a atender os clientes da Webjet com mesmos serviços da Gol.

    Justificando o desaparecimento da marca, o presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, confirmou o que já diziam analistas: o principal objetivo da compra é ampliar as operações em grandes centros e outras capitais. Nesses aeroportos, já não há mais espaço para ampliar as atividades. O executivo disse ainda que não havia motivo para manter as duas marcas, uma vez que ambas as empresas atendem a um público semelhante.

    As sinergias provenientes da integração das aéreas devem chegar a R$ 100 milhões nos dois primeiros anos após a fusão das operações das duas empresas, estimou Constantino. Ele descartou, no entanto, a possibilidade de demissões entre os cerca de 1,6 mil funcionários da Webjet. Segundo o executivo, ao contrário, a tendência é que ocorram mais contratações.

    "Quando renovarmos a frota da Webjet, provavelmente conseguiremos aumentar o números de voos realizados por uma mesma aeronave, o que tornará necessário ampliar o quadro de pessoal", afirmou. Composta por aviões 737-300, a frota da Webjet deverá ser trocada por modelos mais modernos. Isso pode ser feito por três meios: encomenda de novas aeronaves, renovação de contratos de leasing existentes ou realização de novos contratos de leasing.

    Pelo acordo fechado na última sexta-feira, a Gol pagará R$ 96 milhões pela Webjet e assumirá dividas de aproximadamente de R$ 215 milhões. O pagamento, no entanto, vai ser renegociar com os credores, afirma a companhia. "São dívidas que vencem até 2015, mas não acredito que teremos problema para refinanciá-las e alongar o prazo", disse o vice-presidente de Finanças da Gol, Leonardo Pereira.

    As principais instituições financeiras credoras da Webjet são o Bradesco, o Citibank e o Safra. Só os contratos de leasing, que vencem em dois ou três anos, somam cerca de R$ 120 milhões. Pereira destacou ainda que a Gol será cautelosa na ampliação da frota. "A Gol tem demonstrado nos últimos anos bastante consistência em termos do planos de frota e de ser prudente em adição de capacidade. Nós continuaremos a fazer isso", declarou.

    Fidelidade. Depois que a empresa obtiver o sinal verde do Cade, os clientes da Webjet poderão usar o programa de fidelidade Smiles, afirmou o presidente da Gol. Para o executivo, a inclusão dos passageiros da Webjet deve fortalecer o programa e torná-lo mais atraente para as empresas parceiras, afirmou Constantino.

    O presidente da Gol destacou ainda que não há planos de criar uma operação separada para o Smiles. "(O programa) continua fazendo parte da Gol. Não há planos de alterá-lo", disse. A posição é diferente da adotada pela TAM, empresa na qual o sistema de milhagens deu origem à Multiplus, atualmente listada na bolsa brasileira.

    Sobre a possibilidade de novas emissões de ações da Gol, Pereira disse que elas estão descartadas por enquanto, mas que, aprovada a compra da WebJet, e empresa deve realizar, sim, lançamentos no mercado para concluir a transação.

    Apesar de aumentar a concentração no setor aéreo, a aquisição da Webjet pela Gol não deve levar a aumento das tarifas, na avaliação do consultor André Castellini, da Bain and Company. "A formação de preços se dá basicamente em razão da disputa entre a Gol e a TAM, que só tende a crescer daqui pra frente", diz.

    Segundo ele, o mercado brasileiro de aviação mudou muito nos últimos anos e hoje é extremamente disputado. "Para sobreviver, é preciso ter escala. Seria muito difícil para a Webjet continuar competindo com aeronaves antigas, que consomem mais combustível", afirma.

    O próprio presidente da Gol, Constantino de Oliveira Junior, disse ontem, durante conversa com jornalistas e investidores, que não acredita que haverá aumento de tarifas. "Vamos oferecer tarifas competitivas, com o objetivo de popularizar o transporte aéreo", afirmou.

    O QUE MUDA

    Serviço de bordo
    A companhia adotará o padrão Gol, que inclui lanche grátis e venda a bordo. Hoje, os clientes Webjet pagam até para consumir água.

    Programa de fidelidade
    Assim que o Cade consentir, clientes da Webjet poderão migrar para o Smiles, da Gol.

    Aeronaves
    Aviões da Webjet, mais velhos, serão trocados por equipamentos mais modernos em até dois anos.

    Marca
    A Gol acabará com a marca Webjet, já que as duas empresas têm o mesmo público alvo.

     

     


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